domingo, 1 de agosto de 2010

Configurando o APT no Debian



Para utilizar o APT é necessário, antes de mais nada, configurá-lo. A primeira coisa a
ser fazer é escolher um repositório de pacotes do Debian, de onde os pacotes serão
baixados. Esse informação será adicionada no arquivo/etc/apt/sources.list.
No sources.list ficam listadas as fontes de pacotes do Debian, que podem ser:
  • CD-ROM's do Debian;
  • repositórios FTP;
  • repositórios HTTP;
  • repositórios locais.
Veja um exemplo de conteúdo do sources.list:
$ cat /etc/apt/sources.list
#deb file:///cdrom/ sarge main
#deb http://linux.iq.usp.br/debian stable main non-free-contrib

deb http://debian-br-cdd.alioth.debian.org/debian 1.0 main
deb http://linux.iq.usp.br/debian unstable main contrib non-free
deb http://www.las.ic.unicamp.br/pub/debian/ unstable main 
contrib non-free
Cada uma das linhas corresponde a uma fonte utilizada pelo APT. As linhas comentadas
com um "#" não serão utilizadas.
Cada linha é formada da seguinte forma:
[pacote] [URI] [distribuição] [seções]
Sendo:
  • pacote: Os repositórios do Debian contém, além dos binários .deb, os fontes de alguns
pacotes, que podem ser baixados com o APT. Para configurar o APT para baixar os pacotes
.deb,colocamos deb, para baixar os fontes, colocamos deb-src;
  • URI: A localização principal dos arquivos. O APT pode buscar pacotes de diversos locais, 
utilizando os seguintes protocolos:
  • file:/ - arquivos gravados localmente, no HD;
  • cdrom:/ - CD-ROM oficial de alguma versão do Debian;
  • http:// - servidor de arquivos HTTP (Internet);
  • ftp:// - servidor de arquivos FTP (Internet);
  • copy:/ - o mesmo que o protocolo file:/, com a diferença de que os arquivos são 
copiados para o diretório de cache, ao invés de serem usados diretamente a partir de seu
local original; rshssh - pode-se ainda utilizar conexão a um computador remoto utilizando
uma conexão segura via SSHou RSH.
  • distribuição: Como você sabe, os pacotes do Debian são separados em categorias, 
de acordo com seu estágio de estabilidade. Aqui, deve-se especificar qual categoria de
pacotes se deseja utilizar. As categorias são:


  • stable: pacotes exaustivamente testados, considerados estáveis, porém antigos;
  • testing: pacotes em fase de testes, mais recentes que os pacotes da stable;
  • unstable: versão mais recente dos pacotes Debian;
  • versões do Debian: existem ainda, as versões com os pacotes oficiais das versões do 
Debian.

    Para acessá-las, basta utilizar o codinome das distribuições, como sargeetch ou sid ;
    outras: existem muitos repositórios não-oficiais do Debian que utilizam outras notações
    de distribuições. Um exemplo é o repositório do Debian-BR-CDD, cuja distribuição
    utilizada na entrada do sources.list é 1.0.


    • seções: Nos repositórios oficiais existem 3 seções de pacotes, a saber:

    • main: seção principal, contendo somente pacotes de Software Livre;
    • non-free: pacotes que não são Software Livre, porém gratuitos;
    • contrib: pacotes que são Software Livre, mas que precisam de alguns 
    pacotes da seção non-free para funcionarem.

    Assim, consideremos a seguinte linha:
    deb http://linux.iq.usp.br/debian unstable main contrib non-free
    
    Podemos ver que ela configura o APT para baixar pacotes .deb. Se quisermos configurar o
    APT para baixar códigos-fontes, basta trocar deb por deb-src:
    deb-src 
    http://linux.iq.usp.br/debian unstable main contrib non-free
    
    Vemos, também, que ele baixa pacotes da distribuição unstable. Se estivermos utilizando o
    Debian num servidor, é interessante baixar os pacotes da versão stable. Para isso, basta
    trocar unstable por stable:
    deb 
    http://linux.iq.usp.br/debian stable main contrib non-free
    
    Vemos também que o APT vai procurar pacotes em todas as seções, ou seja, maincontrib e
    non-free.
    Se você desejar apenas Software Livre no seu sistema, vamos deixar apenas a seção main
    configurada, removendo as seções non-freecontrib:
    deb http://linux.iq.usp.br/debian unstable main
    

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